Quando se fala em internet, ainda vem à mente da maioria das pessoas a tradicional web, que disponibiliza uma infinidade de informações em sites acessados pelo desktop. Mas já há algum tempo a internet ganhou uma função muito maior do que apenas informar o internauta e limitá-lo ao acesso pelo computador. Estou falando da “Internet das Coisas”.
Mas o que é a Internet das Coisas?
A Internet das Coisas é um jeito novo de se trabalhar comunicação, possibilitando que vários dispositivos se comuniquem entre si, através da internet, gerando informação e/ou consumindo informação de outras fontes, modificando a forma como utilizamos as tecnologias da comunicação e facilitando a vida das pessoas.
Na prática isso quer dizer que você pode ter, por exemplo, uma geladeira inteligente, que sabe quando determinados produtos estão acabando e precisam ser incluídos na lista de compras. E daqui algum tempo, pode ser que a sua geladeira se comunique com o supermercado de sua preferência e faça a compra por você.
Com a Internet das Coisas, você logo verá carros se comunicando com o estacionamento para identificar uma vaga disponível, ambulâncias que identificam um hospital próximo ao local do acidente e acionam o médico que realizará o atendimento antes mesmo de chegar para fazer o socorro, empresas fazendo divulgações de maneira inusitada, a partir da utilização de seus produtos…
Um exemplo do uso da Internet das Coisas para divulgação de empresas é uma campanha da Bonafont, que por certo tempo divulgou a marca e incentivou as pessoas a beberem água, utilizando o Twitter. Foram distribuídas para influentes tuiteiras geladeiras portáteis conectadas à internet wireless, abastecidas com garrafas de água, e cada vez que a pessoa abria a porta da geladeira, era publicado automaticamente um tweet em seu perfil, comunicando todos os seus contatos que ela estava bebendo água e os incentivando a fazer o mesmo. E se ela ficasse mais de doze horas sem abrir a porta também era enviado um lembrete, reforçando a necessidade de se hidratar.
Crescimento da Internet das Coisas
Em um estudo feito pela empresa Cisco foi constatado que já é maior o número de objetos conectados à internet do que pessoas existentes no mundo. E a previsão é que em 2020 tenhamos 50 bilhões de coisas conectadas (uma média de seis objetos por pessoa) possibilitando a circulação de cerca de 14,4 trilhões de dólares em uma década, só em função dessas tecnologias.
Atualmente também vemos uma crescente de dispositivos vestíveis (wearable technology), como pulseiras integradas a um aplicativo em celular, que têm sensores que monitoram, por exemplo, a quantidade de exercícios que a pessoa fez, a quantidade de calorias que gastou, a qualidade do seu sono…
O Brasil tende a ser muito beneficiado com o avanço da Internet das Coisas, visto que temos mais de 260 milhões de celulares ativos em nosso país. Cidades como Rio de Janeiro (que já conta com a operacionalização de situações de chuvas, acidentes, apagões, deslizamentos…) e Curitiba (que usa essa tecnologia no transporte urbano) vêm mostrando como a Internet das Coisas chegou para ficar e já tem movimentado o comércio em diversos setores.
Em um futuro bem próximo, tudo estará conectado e muitas coisas novas e dinâmicas estarão ao nosso alcance, combinando a Internet das Coisas com mobilidade e computação em nuvem, aliadas ao big data. Portanto, se você tem um negócio, veja como sua empresa pode se beneficiar da revolução dos objetos conectados. Essa é a hora de inovar, investindo em uma tecnologia que é a grande tendência do mercado e tem tudo para alavancar as suas vendas.
Por Joana Kerr
13 de julho de 2016