Você já se perguntou qual é o segredo para empresas como a Google e a Amazon serem tão bem-sucedidas em seus investimentos em inovações tecnológicas, enquanto outras, geralmente de porte menor, têm tanta dificuldade para acertar o momento de apostar em novas tecnologias? É provável que sim, especialmente se a sua empresa estiver estudando a possibilidade de implantar alguma tendência tecnológica em seu negócio e tenha a intenção de se espelhar nas gigantes desse mercado!

Porém, vale lembrar que antes de um grande acerto, sempre há pequenos (ou grandes) experimentos, erros, correções, novas tentativas… Embora existam casos de pessoas/empresas que têm a “sorte” de acertar de primeira, não é o que geralmente acontece. Quando se investe em inovações tecnológicas, é esperado que surjam contratempos, visto que as máquinas são limitadas e, por mais inteligentes que tenham se tornado, ainda estão muito aquém da inteligência humana.

Isso quer dizer que o fato das pessoas enxergarem apenas o sucesso de uma empresa, não significa que seu negócio e todos os outros investimentos tenham sido promissores ao longo de sua história. Também não é garantia de se manter no topo continuamente com suas novidades bem-sucedidas.

Gigantes do mercado apostam em inovações tecnológicas imperfeitas

Não é preciso pesquisar muito para encontrar notícias que ratifiquem a ideia de que nem os grandes nomes do mercado tecnológico estão a salvo de problemas e limitações em suas inovações tecnológicas! A Google, mesmo, enfrentou uma situação bem complicada com a sua inteligência artificial generativa (IA Gemini), após criar certas imagens históricas com elementos que descaracterizaram a representação solicitada pelo usuário, gerando piadas nas redes sociais e mais polêmicas relacionadas à chamada “cultura woke”.

No vídeo abaixo, contamos sobre um evento de tecnologia que participamos, em que uma grande empresa do setor de viagens apresentou a sua inteligência artificial para gerar roteiros para passeios turísticos. Porém, ao conferirmos o roteiro fornecido após uma simulação, encontramos falhas que podem gerar insatisfação e até perda de clientes. 

Compartilhamos essas histórias para mostrar que apostar cedo demais em novas tecnologias pode ser perigoso. Nos casos da Google e da empresa de viagens que mencionamos, o erro foi confiar a satisfação da expectativa do cliente a uma tecnologia que ainda não estava pronta para ser utilizada sem supervisão humana!

As “penúltimas” novidades do mercado já chegam melhoradas

Ao longo desta leitura, você já deve ter percebido que a diferença entre as grandes empresas e todas as outras, quando o assunto é acertar nos investimentos em inovações tecnológicas, não está na ausência de falhas. O que as diferencia é apenas a estrutura operacional e financeira para se permitir “errar mais”. 

Empresas do porte da Amazon, da Microsoft e outras dessa magnitude, podem arriscar, fazer testes e recomeçar tanto quanto for necessário. Além do mais, por serem grandes nomes do mercado de tecnologia, propriamente dito, faz parte do seu negócio encarar tais desafios para serem pioneiros nas principais inovações tecnológicas.

Então, se a sua empresa for grande, mas nem tanto quanto essas, convém avaliar bem os riscos e ponderar a necessidade de investir quando a novidade tecnológica ainda nem chegou a ser testada no mercado. 

Outro ponto importante de se considerar é o ramo de atuação da sua empresa. Embora a tecnologia seja necessária na maioria dos setores, se este não for o seu negócio principal, não seria mais lógico deixar que as gigantes da área usassem seus recursos para testar e aprimorar as funcionalidades das inovações tecnológicas antes? 

Na Visie estamos sempre à frente, fazendo bom uso das novas tendências em tecnologia, mas preferimos fazer esses investimentos pelo menos depois que uma ou duas empresas já tiverem usado essas tecnologias. Esta estratégia diminui consideravelmente as chances das inovações tecnológicas darem errado em nosso negócio e ainda nos mantém atualizados e sempre à frente, no mercado tecnológico brasileiro.  

Por Joana Kerr